A decisão judicial de libertar o policial reformado Antônio Francisco Sales, de 80 anos, acusado de matar o professor de matemática Luiz Brito, de 49 anos, no bairro de José Américo, em João Pessoa, gerou revolta e indignação entre os familiares da vítima, nesta sexta-feira (24). A prisão preventiva de Sales foi convertida em prisão domiciliar pela Justiça da Paraíba, com a imposição de medidas cautelares.
Entre as medidas cautelares que devem ser cumpridas pelo acusado estão o comparecimento periódico ao juízo, a proibição de se ausentar da comarca, o recolhimento domiciliar noturno das 20h às 5h, o monitoramento por tornozeleira eletrônica e a proibição de receber visitas, exceto familiares.
A decisão foi tomada pela juíza Francilucy Rejane de Souza, baseada na idade avançada do acusado. Sales estava detido no quartel do Primeiro Batalhão de Polícia Militar e será monitorado eletronicamente durante pelo menos um ano.
O crime ocorreu em 12 de março, quando Luiz Brito foi morto a tiros na frente da escola onde trabalhava. O acusado, um ex-sargento da Polícia Militar, foi preso minutos após o homicídio.
Apesar da decisão judicial, a revolta persiste entre os familiares da vítima e moradores da região, que mencionam a sensação de impunidade diante da gravidade do crime. A audiência de instrução do caso definirá se o acusado será levado a júri popular.
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